É com um vibrante acordeão e um sorriso inconfundível que o It's Showtime S06E42 convida os espectadores da CamõesTV+ para uma celebração épica da Música Popular Portuguesa com o seu ícone maior: Quim Barreiros. Mais do que um concerto, este episódio é uma imersão na vida e na carreira de um verdadeiro fenómeno nacional que, cinquenta anos depois, continua a ser o Rei da Alegria de Portugal, pondo gerações inteiras a cantar, a bater o pé e a rir.

Este episódio especial acompanha Quim Barreiros num animado espetáculo nas festas de Calvão, no concelho de Vagos, capturando a energia incansável que só um artista da sua dimensão consegue manter. Mas o ponto alto é a conversa exclusiva e franca que o músico oferece, revelando a alma por detrás do bigode farto e da piada na ponta da língua.

Com 78 anos, Quim Barreiros partilha a sua filosofia de vida: “não deixar o velho entrar” e encontrar a motivação incessante na estrada. Desvenda como a sua arte superou o legado do pai, também acordeonista, ao adicionar a voz, a composição e, sobretudo, o talento inato para o trocadilho. O músico mergulha nas memórias dos seus primórdios, em 1971, quando gravou o seu primeiro disco e iniciou as primeiras digressões internacionais.

A História da Geração Imigrante e a Gratidão ao Canadá
Num dos momentos mais emocionantes da entrevista, Quim Barreiros faz questão de prestar uma profunda homenagem à comunidade portuguesa espalhada pelo mundo. Revela que deve muito do seu sucesso inicial aos imigrantes no Canadá (de Montreal a Vancouver) e nos Estados Unidos. Estas comunidades, que na altura passavam por um período de grandes dificuldades, foram o apoio incondicional que catapultou a sua carreira e lhe deu a garantia de que a música popular tinha um lugar de destaque, mesmo longe da pátria.

O artista faz uma reflexão melancólica, mas carinhosa, sobre as mudanças que testemunhou, notando a passagem do testemunho das antigas associações e clubes, fundadas com "suor" pela primeira geração de emigrantes, para os seus filhos e netos. Quim Barreiros deixa uma mensagem sentida para a Diáspora, incentivando a manutenção das filarmónicas, da música e do convívio, mesmo em face da crescente integração na sociedade canadiana e americana.

O Acordeão, o Humor e o Duplo Sentido
O episódio explora a marca registada de Quim Barreiros: a utilização astuta do duplo sentido nas suas letras, uma tradição que, como ele próprio explica, não inventou, mas sim foi buscar à literatura e à cultura portuguesa ancestral (as cantigas de amigo e de maldizer). Canções como "Bacalhau à Maria," "A Moda das Tatuagens" e a sua versão da "A Água" (cuja letra, surpreendentemente, atribui a Bocage) são analisadas sob a perspetiva de quem as cria.

Com a sua humildade característica, o músico desmistifica a ideia de que escreve "palavrões", atribuindo a popularidade dos seus temas à "mente perversa" do povo português que, através da gargalhada fácil, adota os trocadilhos e transforma as suas músicas em hinos intemporais.

O espetáculo em Calvão demonstra o que o cantor tem feito ao longo de cinco décadas: sem alinhamentos rígidos, basta umas notas do acordeão para que a banda o siga e o público, de todas as idades e estratos sociais, encha a pista de dança. É um vislumbre de um músico incansável que, apesar de reconhecer as dificuldades da nova era musical (onde o lançamento de um único tema substituiu a magia do álbum), continua a dedicar-se de alma e coração à sua paixão.

Não perca este retrato íntimo e inspirador de um homem que é sinónimo de alegria e que continua, contra todas as expectativas, a ser uma ponte cultural entre Portugal e o mundo.

Assista agora a It's Showtime: Quim Barreiros (S06E42) — uma autêntica festa popular que só a CamõesTV+ lhe pode trazer. O Rei da Música Popular espera por si!

It is with a vibrant accordion and an unmistakable smile that It's Showtime S06E42 invites CamõesTV+ viewers to an epic celebration of Portuguese Folk Music (Música Popular Portuguesa) with its biggest icon: Quim Barreiros. More than just a concert, this episode is an immersion into the life and career of a true national phenomenon who, fifty years later, continues to be the King of Joy of Portugal, making entire generations sing, tap their feet, and laugh.

This special episode follows Quim Barreiros during a lively performance at the Calvão town festival in Vagos, capturing the tireless energy that only an artist of his stature can maintain. But the highlight is the exclusive and candid conversation the musician offers, revealing the soul behind the bushy mustache and the quick wit.

At 78, Quim Barreiros shares his life philosophy: "not letting the old man in" and finding incessant motivation in being "on the road." He explains how his art surpassed his accordionist father's legacy by adding his voice, composition, and, above all, the innate talent for wordplay (trocadilho). The musician dives into the memories of his beginnings in 1971, when he recorded his first album and embarked on his first international tours.

The Immigrant Generation Story and Gratitude to Canada
In one of the most moving parts of the interview, Quim Barreiros makes a point of paying deep tribute to the Portuguese community spread across the globe. He reveals that he owes much of his early success to the immigrants in Canada (from Montreal to Vancouver) and the United States. These communities, which were going through a period of great difficulty at the time, provided the unconditional support that launched his career and assured him that folk music had a prominent place, even far from the homeland.

The artist offers a melancholic but affectionate reflection on the changes he has witnessed, noting the passing of the torch from the old associations and clubs, founded with "sweat" by the first generation of emigrants, to their children and grandchildren. Quim Barreiros leaves a heartfelt message to the Diaspora, encouraging the maintenance of philharmonic bands, music, and community, even in the face of increasing integration into Canadian and American society.

The Accordion, Humor, and the Double Entendre
The episode explores Quim Barreiros' signature style: the astute use of double entendre in his lyrics, a tradition that, as he explains, he didn't invent but rather drew from Portuguese literature and ancient culture (cantigas de amigo and cantigas de maldizer). Songs like "Bacalhau à Maria," "A Moda das Tatuagens," and his version of "A Água" (whose lyrics he surprisingly attributes to Bocage) are discussed from the perspective of the creator.

With his characteristic humility, the musician debunks the idea that he writes "swear words," attributing the popularity of his themes to the "dirty mind" of the Portuguese people, who, through easy laughter, adopt the wordplay and transform his songs into timeless anthems.

The concert in Calvão demonstrates what the singer has done for five decades: without rigid setlists, just a few notes on the accordion are enough for the band to follow and the audience, from all ages and social strata, to fill the dance floor. It's a glimpse of a tireless musician who, despite acknowledging the difficulties of the new music era (where a single track release has replaced the magic of an album), continues to dedicate himself heart and soul to his passion.

Don't miss this intimate and inspiring portrait of a man who is synonymous with joy and who continues, against all odds, to be a cultural bridge between Portugal and the world.

Watch It's Showtime: Quim Barreiros (S06E42) now—an authentic popular celebration that only CamõesTV+ can bring you. The King of Folk Music awaits!