RICARDO ARAÚJO
Featured
•
33m
Ora viva, meus amigos! Preparem-se para uma viagem profunda ao coração da arte visual e da identidade portuguesa. Neste episódio especial de Mais do que uma conversa, Francisco Pegado senta-se com RICARDO ARAÚJO, o fotógrafo aclamado que transformou o simples clique numa forma poderosa de expressão e herança cultural. Esta não é apenas uma entrevista; é uma exploração das lentes através das quais Ricardo vê o mundo, as memórias que ele se recusa a deixar desaparecer e o peso da sua responsabilidade como artista na comunidade imigrante.
Ricardo Araújo começa por desafiar a perceção comum da fotografia. Para ele, o ato é muito mais do que a mera "captura de imagem"; é uma forma de "congelamento da memória", de transformar momentos fugazes em obras de arte visuais duradouras. O nosso convidado explica como o seu desejo de "congelar memórias" nasceu de forma orgânica, desde que lhe ofereceram uma câmara de filme aos catorze anos. As restrições do filme — o custo dos rolos e da revelação — obrigaram-no a ser intencional, a escolher cada clique com propósito. É esta distinção entre a "fotografia banal" (um registo) e a "arte da fotografia" (aquela que carrega sentimento, história e intenção) que define a sua carreira.
A conversa move-se para os desafios e estereótipos que enfrenta quem escolhe uma carreira artística. Oriundo de um meio muito humilde, Ricardo relata a luta constante contra a perceção de que a fotografia não é uma profissão "real", ao contrário da engenharia ou da medicina. Ele combate o recorrente "só fazes isso?", afirmando que o verdadeiro sentido artístico não se adquire apenas com licenciaturas, mas sim através da sensibilidade pessoal e da mentoria com outros artistas. Esta franqueza sobre o percurso do fotógrafo ressoará com todos aqueles que lutam para seguir uma paixão criativa.
Um dos aspetos mais marcantes do trabalho de Ricardo é o seu inabalável compromisso com a cultura portuguesa. Nascido e criado em Portugal, ele sente ser inevitável injetar a sua herança — a Saudade do Norte, os símbolos da Nazaré — na sua arte, usando-a como uma ponte para educar a sua rede internacional. A sua estética é definida pelo minimalismo e pelo confronto poético entre o "brutalismo e o humano", uma linguagem visual dramática que procura linhas, sombras e contrastes pesados.
O foco central deste episódio é o grande passo de Ricardo: a sua primeira exposição a solo – "A Exposição" – no âmbito da Semana Cultural Alentejana na icónica Casa do Alentejo. Ricardo detalha o conteúdo da exposição, que se divide em duas vertentes: a sua distinta fotografia de rua e a sua aclamada fotografia editorial, incluindo os fashion films que lhe abriram portas em revistas internacionais. Ele partilha o peso da responsabilidade, mas confessa ter-se separado da pressão, focando-se na mensagem artística. O seu trabalho, muitas vezes inspirador, busca a transformação humana e o poder de ser visto e ouvido, ecoando a história de Portuguese landmarks e de locais como a Igreja de Nossa Senhora do Amp.
No segmento de perguntas rápidas, Ricardo oferece algumas das suas conclusões mais profundas, revelando que o segredo de uma grande fotografia reside apenas na intenção, e que ele não vê o telemóvel como competição, mas sim como um complemento rápido à sua Nikon DSLR. O mais importante é o seu código moral: a recusa em fotografar as histórias mais tristes de desfavorecimento, por ser uma exploração. Para Ricardo, a fotografia não é uma escolha de carreira, mas um fator de evolução, um modo de canalizar e de se auto-exprimir.
Não perca este episódio profundo e inspirador. Assista a Mais do que uma conversa S03E06 em exclusivo na CamoesTV+ e descubra como RICARDO ARAÚJO está a congelar a história e a projetar a cultura portuguesa no palco mundial.
Hello, friends! Get ready for a profound journey into the heart of visual art and Portuguese identity. In this special episode of Mais do que uma conversa, Francisco Pegado sits down with RICARDO ARAÚJO, the acclaimed photographer who has transformed a simple click into a powerful form of cultural expression and heritage. This is more than just an interview; it's an exploration of the lenses through which Ricardo views the world, the memories he refuses to let disappear, and the weight of his responsibility as an artist in the immigrant community.
Ricardo Araújo begins by challenging the common perception of photography. For him, the act is much more than mere "image capture"; it is a form of "freezing memory," of transforming fleeting moments into enduring visual works of art. Our guest explains how his desire to "freeze memories" was born organically, ever since he was gifted a film camera at the age of fourteen. The restrictions of film—the cost of rolls and development—forced him to be intentional, choosing every click with purpose. It is this distinction between "banal photography" (a simple record) and the "art of photography" (one that carries feeling, history, and intention) that defines his career.
The conversation moves to the challenges and stereotypes faced by those who choose an artistic career. Hailing from a very humble background, Ricardo recounts the constant struggle against the perception that photography is not a "real profession," unlike engineering or medicine. He fights the recurrent question, "you only do that?," asserting that true artistic sense is not acquired only through degrees, but through personal sensibility and mentorship with other artists. This candidness about the photographer's journey will resonate with all those who strive to follow a creative passion.
One of the most striking aspects of Ricardo's work is his unwavering commitment to Portuguese culture. Born and raised in Portugal, he feels it is inevitable to inject his heritage—the Saudade of the North, the symbols of Nazaré—into his art, using it as a bridge to educate his international network. His aesthetic is defined by minimalism and the poetic confrontation between "brutalism and the human," a dramatic visual language that seeks lines, shadows, and heavy contrasts.
The central focus of this episode is Ricardo's major next step: his first solo exhibition – "A Exposição" (The Exhibition) – as part of the Semana Cultural Alentejana (Alentejo Cultural Week) at the iconic Casa do Alentejo. Ricardo details the content of the exhibition, which is divided into two areas: his distinct street photography and his acclaimed editorial photography, including the fashion films that have opened doors for him in international magazines. He shares the weight of responsibility but confesses to separating himself from the pressure, focusing on the artistic message. His work, often inspiring, seeks human transformation and the power of being seen and heard, echoing the history of Portuguese landmarks and sites like the Igreja de Nossa Senhora do Amp.
In the rapid-fire segment, Ricardo offers some of his deepest insights, revealing that the secret to great photography lies only in intention, and that he does not view the mobile phone as competition, but as a fast complement to his Nikon DSLR. Most important is his moral code: the refusal to photograph the saddest stories of disadvantage, viewing it as exploitation. For Ricardo, photography is not a career choice, but a factor of evolution, a mode of channeling and self-expression.
Don't miss this profound and inspiring episode. Watch Mais do que uma conversa S03E06 exclusively on CamoesTV+ and discover how RICARDO ARAÚJO is freezing history and projecting Portuguese culture onto the world stage.
Up Next in Featured
-
International Portuguese Music Awards...
Já começou! Os International Portuguese Music Awards 2025 estão a ser transmitidos em direto na CamoesTV+. Uma noite única que celebra o melhor da música lusófona, com atuações inesquecíveis e homenagens a artistas que elevam a nossa cultura. Não perca este espetáculo vibrante apresentado pela GN...