É com imensa honra que o Sentir Pensar E Agir apresenta um dos seus episódios mais emocionantes e culturalmente ricos, onde o carismático anfitrião, Romulo Avila, recebe o cantor Rúben Luz Lameira. Intitulado "Rúben Luz Lameira: 25 Anos a Levar o Cante Alentejano da UNESCO ao Canadá | Sentir Pensar E Agir S01E18", este programa não é apenas uma entrevista; é uma celebração das raízes portuguesas, da música Alentejana e da resiliência artística que prospera além-fronteiras. Prepare-se para ser transportado diretamente para o coração de Portugal, a partir da vibrante Casa do Alentejo em Toronto.

Rúben Luz Lameira é mais do que um nome no panorama musical; é um guardião do Cante Alentejano, classificado pela UNESCO como Património Cultural Imaterial da Humanidade. Neste encontro intimista, Rúben, que celebra um marco impressionante de 25 anos de carreira, desvenda a sua jornada pessoal e profissional. O artista, nascido em Beja, mas com ligações ao Algarve e que inclusive emigrou para a Alemanha, traça o seu percurso desde o momento fortuito em que, numa noite de verão no Rosário, ouviu o canto na junta de freguesia e se juntou às "Andorinhas do Rosário". Foi ali, há um quarto de século, que começou uma dedicação que o levaria a correr o país, ilhas e o mundo, divulgando esta arte tão singular e profundamente portuguesa.

A conversa de Romulo Avila e Rúben mergulha imediatamente na questão da identidade e da saudade. Rúben, uma figura frequente na comunidade lusófona no Canadá, explica o paradoxo que vive: a cultura e as tradições portuguesas são frequentemente mais sentidas e ardentemente preservadas nas terras de acolhimento do que em casa. Para a diáspora, que carrega a dor de longos anos fora, a sua presença em Toronto, no âmbito da 40ª Semana Cultural da Casa do Alentejo, é um "cheiro de Portugal", um elo vital com o "como é que está Beja" e as suas terras natais.

Um dos pontos altos do episódio é a análise aprofundada do Cante Alentejano. Rúben recorda o momento emotivo da distinção da UNESCO, um marco que validou as suas memórias de infância: os cantos partilhados nas tabernas ao final do dia, com o copo de vinho, onde os homens superavam as dores do trabalho duro e de sol a sol. O artista faz uma distinção crucial entre o Cante (o grupo coral puro, só vozes, de três filas) e a música Alentejana (o que ele faz agora, instrumentado, mas com base nos temas do cancioneiro Alentejano). Ele expressa a sua preocupação pelo desinvestimento e pela falta de condições logísticas – como transporte e salas de ensaio – que dificultam aos grupos corais levar o Cante aos grandes festivais mundiais, tal como acontece com o Fado, mais fácil de transportar. Rúben defende que a tradição não pode cristalizar e que é preciso permitir a evolução, mas sempre mantendo a essência.

Numa nota mais pessoal, Rúben partilha o momento negativo da carreira que o forçou a uma viragem positiva: o recomeço a solo. Essa experiência deu-lhe a liberdade de se dedicar inteiramente à sua visão artística. Romulo explora o lado menos conhecido do cantor, descobrindo o seu "talento inútil" para obras e a paixão pela cozinha Alentejana (como cozido de grão, sardinha e migas). O artista discute a sua recente e promissora participação no The Voice Portugal, revelando o quão mágico é ver pessoas de outras regiões cantarem o Cante, embora se mantenha cético quanto à artificialidade e à impossibilidade de replicar a "voz pesada, que vem das entranhas" através da tecnologia. A sua filosofia de vida e arte é simples e inspiradora: ser genuíno, humilde e valorizar o trabalho duro, lembrando-se sempre que é apenas "aquele rapaz do Rosário que canta".

Assista a este episódio de Sentir Pensar E Agir para ouvir o conselho de vida fundamental de Rúben – “Nunca ir de ti” – e para sentir a força do Cante, culminando num desafio não combinado onde Rúben canta uma moda à sua escolha. É uma entrevista que informa, inspira e celebra o peso e a beleza da herança cultural portuguesa.

It is with immense honor that Sentir Pensar E Agir presents one of its most emotional and culturally rich episodes, where the charismatic host, Romulo Avila, welcomes the singer Rúben Luz Lameira. Titled "Rúben Luz Lameira: 25 Anos a Levar o Cante Alentejano da UNESCO ao Canadá | Sentir Pensar E Agir S01E18", this program isn't just an interview; it's a celebration of Portuguese roots, Alentejo music, and the artistic resilience that thrives across borders. Prepare to be transported directly to the heart of Portugal, all the way from the vibrant Casa do Alentejo in Toronto.

Rúben Luz Lameira is more than just a name in the music scene; he's a guardian of Cante Alentejano (Alentejo Song), classified by UNESCO as Intangible Cultural Heritage of Humanity. In this intimate meeting, Rúben, who is celebrating an impressive 25-year career milestone, unveils his personal and professional journey. The artist, born in Beja but with ties to the Algarve and having even emigrated to Germany, traces his path from the fortuitous moment when, on a summer night in Rosário, he heard singing in the parish council and joined the "Andorinhas do Rosário" choral group. It was there, a quarter-century ago, that a dedication began that would lead him across the country, islands, and the world, disseminating this unique and profoundly Portuguese art.

Romulo Avila and Rúben's conversation immediately delves into the issue of identity and saudade (a deep state of emotional longing). Rúben, a frequent figure in the Portuguese-speaking community in Canada, explains the paradox he experiences: Portuguese culture and traditions are often more felt and ardently preserved in adopted lands than at home. For the diaspora, who carry the pain of long years abroad, his presence in Toronto, as part of the 40th Cultural Week at the Casa do Alentejo, is a "scent of Portugal," a vital link to "how is Beja" and their hometowns.

One of the episode's highlights is the in-depth analysis of Cante Alentejano. Rúben recalls the emotional moment of the UNESCO distinction, a milestone that validated his childhood memories: the songs shared in taverns at the end of the day, with a glass of wine, where men overcame the pain of hard, sun-up-to-sun-down labor. The artist makes a crucial distinction between Cante (the pure choral group, voices only, in three rows) and Alentejo music (what he now performs, instrumented but based on Alentejo songbook themes). He expresses his concern about the lack of investment and logistical support—such as transport and rehearsal rooms—that make it difficult for choral groups to take Cante to major world festivals, unlike Fado, which is easier to transport. Rúben argues that tradition must not crystallize and that evolution must be allowed, but always while maintaining the essence.

On a more personal note, Rúben shares the negative career moment that forced him into a positive turning point: going solo. This experience gave him the freedom to dedicate himself entirely to his artistic vision. Romulo explores the lesser-known side of the singer, discovering his "useless talent" for construction work and his passion for Alentejo cuisine (such as chickpea stew, sardines, and migas). The artist discusses his recent and promising participation in The Voice Portugal, revealing how magical it is to see people from other regions sing Cante, although he remains skeptical of artificiality and the impossibility of replicating the "heavy voice that comes from the depths" through technology. His philosophy of life and art is simple and inspiring: be genuine, humble, and value hard work, always remembering that he is just "that boy from Rosário who sings."

Watch this episode of Sentir Pensar E Agir to hear Rúben's fundamental life advice—"Never go off yourself"—and to feel the strength of Cante, culminating in an unplanned challenge where Rúben sings a moda (song) of his choice. It is an interview that informs, inspires, and celebrates the weight and beauty of Portuguese cultural heritage.