A CamoesTV+ apresenta mais um episódio inspirador de "Sentir Pensar E Agir", onde o anfitrião Rómulo Ávila conversa com Andreia Pereira, uma mulher de princípios inabaláveis e uma história de vida notável, marcada pela coragem, pela resiliência e pela determinação em forjar o seu próprio caminho. O episódio intitula-se "De Polícia do Exército a Guerreira no Canadá: A História de Andreia Pereira | Sentir Pensar E Agir S01E24" e promete uma conversa sem filtros sobre superação, família e o sonho da emigração.
Andreia, natural do Algarve, inicia a partilha falando das suas raízes e da importância da sua família, descrevendo-se como uma "guerreira" e uma "amiga do amigo". A sua filosofia de vida é clara: se há um objetivo, a iniciativa é sua, pois "mais ninguém vai fazer por mim". Esta atitude pró-ativa define todo o seu percurso. A conversa explora um momento de infância que a marcou profundamente: uma cirurgia às amígdalas, aos nove anos, que correu com complicações, levando-a a acordar durante a anestesia. Este episódio traumático deixou-lhe um medo duradouro de hospitais, demonstrando que mesmo as pessoas mais fortes carregam cicatrizes do passado.
O ponto central da primeira parte da entrevista é a sua surpreendente e desafiante passagem pelo Exército Português, onde serviu na Polícia do Exército. Longe de ter uma vocação natural para o exercício físico, Andreia "meteu na cabeça" que queria ingressar nas forças armadas. Este foi um período de extrema dificuldade, especialmente durante a recruta em Santarém, onde a pressão e o rigor a levaram a pensar em desistir. Andreia aborda a dinâmica de ser mulher num ambiente tradicionalmente masculino e o "peso do exército ainda ser muito masculinizado", mas destaca a união feminina que se formou e a importância de ter tido o mesmo tratamento rigoroso que os seus colegas masculinos. A sua dedicação e serviço exemplar foram formalmente reconhecidos com a Medalha de Comportamento Exemplar, Bronze, uma distinção que atesta o seu percurso disciplinar impecável. O tempo passado em Tavira, no Algarve, é recordado com especial carinho, sendo o ponto alto da sua vida militar.
A transição para a vida civil e, subsequentemente, para o Canadá, foi guiada por este mesmo espírito de "ir ou fazer". A emigração foi uma decisão repentina, inspirada por uma mera conversa, motivada por um período de estagnação em Portugal, onde o seu currículo militar parecia ser mais um entrave do que uma vantagem. Andreia revelou que vendeu o seu carro para financiar a viagem e conseguiu uma promessa de emprego num restaurante através do jornal "Sol Português". Esta história ilustra a sua audácia e a ausência de arrependimento em relação à mudança, defendendo que o seu destino não seria tão satisfatório se tivesse permanecido em Portugal.
Na segunda parte, Andreia aborda temas mais gerais e comunitários. A sua veia comunicadora, notada por Rómulo Ávila, manifesta-se no desejo de aprender mais sobre rádio e comunicação social. Em termos de filosofia de vida, ela associa-se ao conceito de abraçar o "caos" para depois "renascer como a Fénix", uma metáfora que capta a sua capacidade de transformação. Andreia, uma fã de old school como Spice Girls e Backstreet Boys, mostra um lado pessoal e descontraído.
A visão da convidada sobre a Comunidade Portuguesa do Canadá é particularmente pertinente e sem filtros. Embora aprecie a união e a preservação das tradições, critica a prevalência da "inveja" e das "segundas intenções", fatores que, na sua opinião, impedem o avanço coletivo. O seu percurso na Casa do Alentejo reforça o seu compromisso comunitário e a paixão em manter viva a herança portuguesa para os seus filhos. A irritação de Andreia foca-se na "ignorância das pessoas que não querem aprender", reiterando o seu foco no crescimento e na oportunidade.
O episódio conclui com um foco de orgulho: o talento do seu filho mais velho, que demonstra um potencial promissor no karting. Andreia e o pai do rapaz estão empenhados em apoiar este sonho, vendo no desporto a vocação que o futebol não proporcionou. A mensagem final de Andreia é um apelo aos mais velhos na comunidade para "saberem sair" e mentorizarem a juventude, garantindo a continuidade do trabalho comunitário.
Não perca esta poderosa e sincera conversa com Andreia Pereira, que oferece insights valiosos sobre a vida militar, a coragem de emigrar e a importância da comunidade. Assista a este e a todos os outros episódios de "Sentir Pensar E Agir" exclusivamente na CamoesTV+.
CamoesTV+ presents another inspiring episode of "Sentir Pensar E Agir," where host Rómulo Ávila sits down with Andreia Pereira, a woman of unshakeable principles and a remarkable life story marked by courage, resilience, and the determination to forge her own path. The episode is titled "De Polícia do Exército a Guerreira no Canadá: A História de Andreia Pereira | Sentir Pensar E Agir S01E24" and promises a candid conversation about overcoming challenges, family, and the dream of emigration.
Andreia, a native of the Algarve, begins by sharing her roots and the importance of her family, describing herself as a "guerreira" (warrior) and a loyal friend. Her life philosophy is clear: if she has a goal, the initiative must come from her, as "no one else is going to do it for me." This proactive attitude defines her entire journey. The conversation explores a deeply scarring childhood moment: a tonsillectomy at age nine that involved complications, leading her to wake up during anesthesia. This traumatic event left her with a lasting fear of hospitals, showing that even the strongest people carry scars from the past.
The central point of the first part of the interview is her surprising and challenging tenure in the Portuguese Army (Exército Português), where she served in the Army Police (Polícia do Exército). Far from having a natural vocation for physical exercise, Andreia "put it in her head" that she wanted to join the armed forces. This was a period of extreme difficulty, especially during boot camp in Santarém, where the pressure and rigor led her to consider quitting. Andreia discusses the dynamics of being a woman in a traditionally male environment and the "weight of the army still being very masculinized," but emphasizes the female unity that formed and the importance of receiving the same strict treatment as her male colleagues. Her dedication and exemplary service were formally recognized with the Bronze Medal of Exemplary Conduct, a distinction that attests to her impeccable disciplinary record. Her time spent in Tavira, in the Algarve, is recalled with particular affection, being the high point of her military life.
The transition to civilian life, and subsequently to Canada, was guided by this same "go and do" spirit. Emigration was a sudden decision, inspired by a mere conversation, and motivated by a period of stagnation in Portugal where her military background seemed to be more of a hindrance than an advantage. Andreia revealed that she sold her car to finance the trip and secured a job promise at a restaurant through the newspaper "Sol Português." This story illustrates her audacity and her lack of regret regarding the move, arguing that her destiny would not have been as satisfying had she remained in Portugal.
In the second part, Andreia addresses more general and community-related topics. Her communicative flair, noted by Rómulo Ávila, manifests in a desire to learn more about radio and social communication. In terms of life philosophy, she aligns with the concept of embracing "chaos" to later "rise like the Phoenix," a metaphor that captures her capacity for transformation. Andreia, a fan of old school artists like the Spice Girls and Backstreet Boys, shows a personal and relaxed side.
The guest's view on the Portuguese Community in Canada is particularly relevant and candid. Although she appreciates the unity and preservation of traditions, she criticizes the prevalence of "inveja" (envy) and "segundas intenções" (ulterior motives), factors that, in her opinion, hinder collective progress. Her time at the Casa do Alentejo reinforces her community commitment and passion for keeping the Portuguese heritage alive for her children. Andreia's irritation is focused on the "ignorance of people who do not want to learn," reiterating her focus on growth and opportunity.
The episode concludes with a point of pride: the talent of her eldest son, who shows promising potential in karting. Andreia and the boy's father are committed to supporting this dream, seeing in the sport the vocation that football did not provide. Andreia's final message is an appeal to the elders in the community to "know how to leave" and mentor the youth, ensuring the continuity of community work.
Don't miss this powerful and sincere conversation with Andreia Pereira, which offers valuable insights into military life, the courage to emigrate, and the importance of community. Watch this and all other episodes of "Sentir Pensar E Agir" exclusively on CamoesTV+.
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