Em mais um episódio cativante de Its Showtime S06E30, somos convidados a uma profunda imersão no universo de Luís Travassos, uma das vozes mais autênticas e inspiradoras da música portuguesa contemporânea. Este programa oferece um olhar íntimo sobre a vida e a arte de um músico, compositor, escritor e letrista que nasceu e cresceu em Coimbra, uma cidade que ressoa em cada nota da sua paixão pelo fado. Prepare-se para ser entretido, emocionado e inspirado por uma narrativa que celebra o poder transformador da arte e a humildade de um artista que encontra a sua maior expressão onde menos se espera: na rua.
Luís Travassos começa por partilhar a sua filosofia artística, descrevendo a arte não como uma profissão, mas como um bem essencial que se partilha. A felicidade que advém de fazer os outros felizes através da sua música é o seu principal motor, uma convicção que o leva a afirmar que "a rua é o melhor e o maior palco do mundo". Esta visão democrática da arte permite que a sua voz e as suas melodias alcancem todos, incluindo aqueles que não têm a possibilidade de pagar um bilhete para uma sala de espetáculos. Apesar de atuar nas maiores salas do país, Luís confessa que na rua, onde canta os seus originais e interage diretamente com o público, a conexão é ainda mais profunda, bebendo da energia e das emoções de quem o ouve.
A humildade é uma característica intrínseca a Luís Travassos, um "alma fadista" que vive o fado em cada passo da sua vida. Cresceu imerso neste género musical, rodeado de famílias que respiravam fado, o que o levou a uma paixão inabalável. No seu repertório, não se limita ao fado tradicional, explorando também a música espanhola e e outros géneros que lhe "apetece", mostrando uma versatilidade notável. O processo de composição de Luís é igualmente fascinante: autodidata na guitarra, aprendeu muito pela experimentação auditiva e pela partilha de conhecimento informal com amigos e familiares. As suas composições nascem do canto, com a melodia a guiar a criação dos arranjos, resultando em algo verdadeiramente autêntico.
O episódio explora também as origens dos "Cachimba", um projeto que nasceu de forma descontraída entre amigos e rapidamente ganhou vida própria, levando Luís a tocar uma variedade de géneros que iam do reggae ao Pink Floyd, passando pelo fado e pela música tradicional. A sua incursão no mundo profissional da música, trabalhando semanalmente em casas de fado, fê-lo deixar para trás um curso de agricultura biológica, uma área que, ironicamente, continua a influenciar as suas composições, como se pode ouvir na música "Seca", que traça paralelos entre o ciclo da sementeira e as relações humanas. Esta ligação profunda à terra e à sua herança familiar, vinda de uma quinta no Baixo Mondego, demonstra como a sua arte é intrinsecamente ligada à sua identidade.
Um dos momentos mais curiosos da sua trajetória foi a sua participação no "The Voice". Apesar de nunca ter tido a ambição de ir à televisão, uma superstição de Ano Novo levou-o a aceitar o convite para um concurso que, embora focado no pop, acabou por ser um "trampolim" para a sua carreira. Luís reflete sobre os desafios da fama repentina e as oportunidades que surgiram, nomeadamente a possibilidade de gravar o seu primeiro disco, "Uma Longa História", com músicos de renome como Ricardo Dias, Ni Ferreirinha e Ricardo Silva. Este álbum é a concretização do seu sonho de gravar as suas próprias músicas, um trabalho que reflete a sua alma e as suas experiências.
Para além do seu projeto principal, Luís Travassos apresenta outros empreendimentos artísticos, como o projeto a solo "Sou a Viola", uma viagem pela música portuguesa que abrange desde o canto alentejano ao fado e à música tradicional. Recentemente, estreou um tributo aos Resistência, mostrando a sua versatilidade e o seu desejo de explorar diferentes sonoridades. O seu sonho enquanto artista vai muito além do sucesso pessoal; ele anseia que a arte em Portugal seja vista como uma realidade e não apenas como um sonho, e que ela possa ser uma ferramenta para "mudar a vida das pessoas" e "salvar algumas pessoas". A generosidade de Luís Travassos é palpável, especialmente quando fala do seu palco na rua e da sua abertura para com aqueles que vivem nela, oferecendo-lhes um espaço para a expressão, independentemente das suas habilidades. Esta é uma história de talento, humildade e um amor incondicional pela arte. Não perca este episódio revelador e emocionante de Its Showtime S06E30!
In another captivating episode of Its Showtime S06E30, we're invited to a deep immersion into the world of Luís Travassos, one of the most authentic and inspiring voices in contemporary Portuguese music. This program offers an intimate look at the life and art of a musician, composer, writer, and lyricist who was born and raised in Coimbra, a city that resonates in every note of his passion for fado. Prepare to be entertained, moved, and inspired by a narrative that celebrates the transformative power of art and the humility of an artist who finds his greatest expression where least expected: on the street.
Luís Travassos begins by sharing his artistic philosophy, describing art not as a profession, but as an essential good to be shared. The happiness derived from making others happy through his music is his main drive, a conviction that leads him to state that "the street is the best and biggest stage in the world." This democratic view of art allows his voice and melodies to reach everyone, including those who cannot afford a ticket to a concert hall. Despite performing in the country's largest venues, Luís confesses that on the street, where he sings his originals and interacts directly with the public, the connection is even deeper, drawing from the energy and emotions of those who listen.
Humility is an intrinsic characteristic of Luís Travassos, a "fado soul" who lives fado in every step of his life. He grew up immersed in this musical genre, surrounded by families who breathed fado, which led him to an unshakeable passion. In his repertoire, he is not limited to traditional fado, also exploring Spanish music and other genres that he "feels like," showing remarkable versatility. Luís's composition process is equally fascinating: self-taught on the guitar, he learned much through auditory experimentation and informal knowledge sharing with friends and family. His compositions are born from singing, with the melody guiding the creation of arrangements, resulting in something truly authentic.
The episode also explores the origins of "Cachimba," a project that was born casually among friends and quickly took on a life of its own, leading Luís to play a variety of genres ranging from reggae to Pink Floyd, as well as fado and traditional music. His entry into the professional music world, working weekly in fado houses, led him to leave behind a course in organic agriculture, an area that, ironically, continues to influence his compositions, as can be heard in the song "Seca" (Drought), which draws parallels between the sowing cycle and human relationships. This deep connection to the land and his family heritage, coming from a farm in Baixo Mondego, demonstrates how his art is intrinsically linked to his identity.
One of the most curious moments of his journey was his participation in "The Voice." Although he never had the ambition to go on television, a New Year's superstition led him to accept the invitation to a competition that, although focused on pop, turned out to be a "springboard" for his career. Luís reflects on the challenges of sudden fame and the opportunities that arose, namely the possibility of recording his first album, "Uma Longa História" (A Long Story), with renowned musicians such as Ricardo Dias, Ni Ferreirinha, and Ricardo Silva. This album is the realization of his dream of recording his own songs, a work that reflects his soul and experiences.
In addition to his main project, Luís Travassos presents other artistic endeavors, such as the solo project "Sou a Viola" (I Am the Viola), a journey through Portuguese music that covers everything from Alentejo singing to fado and traditional music. Recently, he premiered a tribute to Resistência, showing his versatility and his desire to explore different sounds. His dream as an artist goes far beyond personal success; he longs for art in Portugal to be seen as a reality and not just a dream, and for it to be a tool to "change people's lives" and "save some people." Luís Travassos's generosity is palpable, especially when he talks about his stage on the street and his openness to those who live on it, offering them a space for expression, regardless of their abilities. This is a story of talent, humility, and an unconditional love for art. Don't miss this revealing and moving episode of Its Showtime S06E30!
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